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Debate sobre marketing político e inauguração de exposição marcam abertura da VI SPP

Mesas, oficinas, GTS e exibições artísticas integram o cronograma de quatro dias do evento


Em sua sexta edição, a Semana de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará (UFC) traz como tema principal “Comunicação e Políticas”, partindo do questionamento “Quem pode falar?”. A conferência de abertura ocorreu na manhã desta segunda-feira (1) no Auditório da Geografia, no Campus do Pici da UFC, e discutiu marketing político. A VI SPP se segmenta em três eixos de discussão, Micropolíticas, Identidades e Memória, que devem direcionar todas as atividades do evento. Neste ano, além de mais oficinas, a SPP promove também a exposição “Soterramento”, inaugurada ainda na noite de segunda.


A SPP é organizada anualmente pelo PET dos Cursos de Comunicação Social (PETCom) da UFC. Segundo Gabriel Monteiro, estudante do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda e integrante do PETCom, neste ano o evento passou por algumas mudanças na sua composição para ganhar um caráter mais dinâmico, dando maior espaço a oficinas e contando com a colaboração dos discentes para a definição dos temas. “A gente foi discutindo ao longo do semestre com alunos do ICA e de outros cursos, construindo junto as ideias. Assim, fomos delineando o tema e percebendo que cada um deles dialoga com as problemáticas que estamos vivendo nesse ano. Precisamos discutir quem pode falar e quais são as vozes que não têm tido visibilidade”, afirma Gabriel.


A convidada para a mesa de abertura foi Helena Vieira, escritora paulista graduada em Gestão Pública pela Universidade de São Paulo. Helena iniciou sua fala com considerações sobre cada segmento proposto pela SPP, enfatizando como a micropolítica e a macropolítica se implicam mutuamente, não sendo possível pensar em uma sem relação à outra. Sobre o conceito de identidade, Helena ressaltou que esse “conjunto de movimentos que tem a ver com o modo com o qual os indivíduos se identificam”, tem sido reinventado e colocado em cheque de várias formas.


Helena é transfeminista e tem diversos artigos publicados acerca das temáticas: gênero, política, transexualidade | Foto: Felipe Mota

Além disso, para a escritora, a tendência ao conservadorismo que se apresenta no atual cenário eleitoral está relacionada a uma espécie de fabulação da memória, evidenciada no apego a um sentimento de retorno ao passado que impede de discutir o futuro. Todos esse fatores estão ligados à construção das campanhas políticas e ao papel da Comunicação na projeção de um clima emocional que permeia as dimensões do voto.


Durante a noite, as atividades da VI SPP se concentraram na abertura da exposição “Soterramento”. A exibição coletiva, formada por trabalhos de 18 artistas, apresenta uma interpretação diferenciada sobre o tema do evento, extraindo de cada um dos três eixos significados diferentes. De acordo com o estudante do curso de Filosofia da UFC, Lucas Dilacerda, responsável pela curadoria da exposição, “Soterramento” investiga o ato de soterrar e as relações ocidentais existentes entre o homem e a terra, abordando o tema sob perspectivas socioculturais e históricas.


Soterramento manifesta outros modos de (re)existir no passado, no presente e no futuro | Foto: Rennó Silva

Nas duas salas em que se dividem a exposição, são apresentadas linguagens de artes diversas como pinturas, esculturas e ilustrações. Na abertura da mostra foram realizadas quatro performances: “Ancestral”, de Rodrigo Lopes; “Grito”, de Eduardo Moreira; “Disfagia de Suindara”, de Vitrilis Sarambaxo e “Ethylenediaminetetraacetate” (EDTA), de Isadora Teixeira e Sarah Nastroyanni. A mostra estará aberta ao público para visitação das 08h às 16h, até quinta-feira (4) quando a SPP deve encerrar.

Mais informações sobre a programação completa da VI SPP podem ser encontradas na página oficial do evento no Facebook ou na página do PETCom no Facebook


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