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Casas de Cultura reduzem 68% das vagas após resolução da Universidade

Com aumento na demanda dos professores, Casas de Cultura oferecem menos vagas neste semestre

A oferta de vagas pelas Casas de Culturas Estrangeira da Universidade Federal do Ceará (UFC) para o processo seletivo de 2018.2 está reduzida em cerca de 68%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Resolução que impacta na demanda dos professores da instituição é apontada como motivo para o enxugamento do quadro de vagas.


A UFC, por meio do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), aprovou uma resolução em agosto de 2016 que inclui atividades nos cursos de graduação da universidade na demanda dos professores de idiomas, que começa a valer neste ano. Segundo Marcos Norelle, coordenador geral das Casas de Cultura : “Como nós já estamos com carga máxima de horário em sala de aula não tinha como abrir mais turmas”.


Norelle explicou que os professores que possuem cargo administrativo ou estão em processo de qualificação profissional, como mestrado e doutorado, têm direito à uma redução da carga-horária. Contudo, conforme o coordenador, vários docentes se responsabilizaram por um número maior de turmas para tornar o impacto mais leve.


Sobre a contratação de novos professores, Marcos Norelle comenta que se trata de um processo complicado, já que depende, também, do Ministério da Educação, e que no momento não há previsão para novas contratações. Aumentar o número de alunos por turma também não é uma opção, já que, para o coordenador “não funciona com a mesma qualidade”.


A Casa de Cultura Francesa permaneceu com o mesmo número de vagas do período anterior, e o professor Roterdan Damasceno explicou que, por ser mais vantajoso para o ensino da língua francesa estimular a entrada de novos alunos, os docentes se organizaram para assumir turmas a mais. “Nós nos organizamos de maneira que, aguardando a decisão do Cepe, nós ficaríamos com a oferta normal do semestre anterior. E a turma da graduação será pra todos nós uma turma ‘extra’” disse.


Sobre a forma de ensino das Casas de Cultura, o professor e coordenador da Casa Hispânica, Jimmy Robson, comentou: “Os métodos são para aprendizado da língua e da cultura de cada país. Nosso padrão é o espanhol que se fala na Espanha [neste caso]. Mas a gente não deixa de falar dos países vizinhos. Não tem como aprender a língua separada da cultura”.


Formação


Gabriel Feitosa, 19 anos, tentou admissão para o I semestre da Casa de Cultura Hispânica, e disse que seu interesse por espanhol vem da vontade de conhecer os países da América Latina. Como não foi aprovado na primeira vez, falou que pode tentar novamente e que o motivo pela procura do curso está na “educação de qualidade e custo praticamente zero” oferecidos.


Já a estudante Luísa de Oliveira, 20 anos, está indo para o último semestre da Casa de Cultura Francesa. Luisa escolheu o francês pela afinidade com a língua. “Depois que eu entrei lá e fui avançando no curso da faculdade [de direito], comecei a me interessar pela carreira de diplomacia, que exige francês e espanhol, o que foi mais uma motivação para estudar o idioma” disse. Ela comenta, ainda, que gosta da estrutura do curso e percebe o comprometimento dos professores. Luisa conta que pretende se aprofundar no francês e voltar a estudar espanhol na Casa de Cultura, e fala sobre o desejo de aprender italiano também.


Em 2017.2 o número total de vagas foi de 1.166 (teste de admissão e teste de nível). Já em 2018.2, o número de vagas para as Casas de Cultura é de 374 referentes ao teste de admissão no primeiro semestre, pois não há oferta de vagas para teste de nível.

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