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Girlboss: As oportunidades podem estar no fracasso

  • Lívia Carvalho
  • 4 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

Girlboss traz a proposta de fazer uma releitura “~ bem livre ~” do livro de Sophia Amoruso lançado em 2014 de mesmo título. A série conta com 13 episódios, com uma duração média de 25 minutos cada e está disponível na Netflix. É uma opção leve para maratonar no fim de semana.

A história se passa em San Francisco e conta a trajetória de Sophia. Interpretada por Britt Robertson, a protagonista de 22 anos parece não ter planos ou perspectivas para o futuro e que não quer admitir que já é uma adulta. Isso fica provado logo no início da série, quando Sophia “pede demissão” do seu emprego como vendedora de sapatos, trabalho que ela odeia e não demonstra compromisso em desempenhar bem.

Sem emprego e sem projetos a protagonista chega ao ponto de comer pão do lixo, até a moça tem um super insight. O que parecia até então mais uma derrota, tornou-se um momento de glória para a girlboss. Sophia que já era rata do Ebay, entra num brechó despretensiosamente e arremata uma jaqueta vintage original por apenas 9 dólares. Boba que não era, lançou a peça para leilão no Ebay e a vende por mais de 600 dólares. Então, ela tem a brilhante ideia de vender peças vintage online.

Nascia então a Nasty Gal Vintage, um comércio de roupas que surge no Ebay, mas que apesar do rápido sucesso acaba incomodando os donos de outros bazares do site. Banida do Ebay por conta de uma denúncia de violação de regras do site, a jovem então decide criar sua própria loja online e em um período de sete anos a marca conquistou milhões de compradores, prestígio e chegou a ter dois espaços físicos em pontos disputados de Los Angeles.

Sophia é uma jovem mimada, arrogante e egoísta e, embora seu sucesso tenha sido alcançado com a ajuda de amigos, ela parece não perceber e não agradecer. Sua relação conturbada com o pai, que é interpretado por Dean Norris - astro da série Breaking Bad - também é algo retratado.

A série, que foi vendida como sendo um produto feminista e empoderado, deixa a desejar nesse quesito e mostra que de girlboss Sophia não tem nada, pois trabalho em equipe não é seu forte. A personagem não hesita em “pisar” em ninguém para conseguir o que quer.

Além desse aspecto, vale ressaltar que a série não é uma “série para meninas”, e que a história de vida de Sophia e suas conquistas podem servir de inspiração para o seu público alvo, de jovens e adultos de 20 a 30 anos, e que assim como a protagonista não se sentem prontos para enfrentar os problemas do “mundo adulto”.

Sobre o elenco é possível citar alguns nomes de grande talento como o RuPaul Andre Charles, que interpreta o vizinho de Sophia, suas participações são como uma terapia para a jovem. Além disso, pode-se contar também com a interpretação de Ellie Reed como melhor amiga da protagonista.

A produção audiovisual, diferentemente do livro, traz uma Sophia muito mais egoísta e uma história mais vendável, com alterações e acréscimos na história da esforçada mulher, mas não deixa de ser um produto de qualidade e deverá conquistar os amantes da moda e do mundo de negócios.

 
 
 

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