top of page
Buscar

House of Cards (ou: Política brasileira para leigos)

  • Isabela Santana
  • 16 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

Corrupção, relações de poder, golpe de estado, presidência na linha de fogo, alto envolvimento da mídia com interesses políticos, etc. Você pode achar que essa é uma descrição sobre a atual situação política brasileira, mas tudo isso faz parte de uma das séries de maior sucesso da Netflix: House of Cards.

Seguem algumas curiosidades e motivos para você se perguntar por que ainda não está assistindo (ou reassistindo) essa obra prima.


(PODE CONTINUAR, NÃO TEM SPOILER)



House of Cards é uma série norte-americana que estreou em 2013 e lançou sua 4ª temporada em março deste ano. Curiosamente, cada temporada possui 13 episódios, o que representa um episódio por carta em um jogo de cartas de baralho, como se cada temporada fosse um naipe diferente (House of CARDS, get it?).




As séries originais da Netflix estão se transformando em um grande investimento do serviço de streaming, graças ao grande sucesso que essas produções vêm fazendo. House of Cards pode ser considerado o pioneiro de sucesso da Netflix, dando abertura para a criação de novas e melhores séries originais. Portanto, se você adora Demolidor, não se esqueça de agradecer ao Frank.



O fato da série ser produzida pela Netflix também faz com que ela tenha características únicas, graças à extraordinária liberdade criativa que a plataforma dá aos cineastas, que podem escrever/dirigir/produzir sem muita supervisão ou questionamentos. Esse fator foi crucial para atrair diretores indicados ao Oscar, como David Fincher (sim, estamos falando do diretor de Clube da Luta e Garota Exemplar), para a série.




Agora sobre a história: a trama se passa em Washington DC e os personagens principais são Frank e Claire Underwood, um casal tão complexo quanto ambicioso. Frank é um líder da maioria na Câmara dos Deputados, mas não se contenta com “tão pouco”. A série vai então se articulando em volta da busca dele pela posição de maior poder do mundo livre: Presidente dos Estados Unidos da América.


Antes que fiquem morrendo de medo de spoilers, saibam que a graça da série não está em saber se ele consegue ou não, mas sim em acompanhar os meios pelos quais ele persegue isso.


E é aí que a arte começa a imitar a vida. A série não falha em surpreender a cada episódio com um novo escândalo, trama, traição, chantagem…Todas as principais “tretas” que existem no mundo político e que não estão muito distantes do que vemos atualmente nos noticiários. Estamos passando por um período politicamente conturbado em nosso país, envolto em muita instabilidade e ódio mútuo.


Apesar do clima tenso, é muito importante se manter pelo menos minimamente informado sobre os desdobramentos em Brasília. Imagine então ganhar 1 real para cada pessoa que já ouviu dizer que não gosta, não entende ou não quer saber de política? Ou para cada vez que já se ouviu dizendo tais coisas?


“Voltamos agora com mais imagens da Câmar….”


Pois bem, House of Cards é um bom jeito de começar a se interessar pelo meio, ou pelo menos entender como funcionam (de forma geral, considerando a diferença dos países) os principais mecanismos de poder e influência. Na série podemos ver como as supostas responsabilidades parlamentares são atropeladas (risos) por alianças políticas, por exemplo. Se isso tem alguma relação com a nossa realidade, fica a seu julgamento.


House of Cards, além de tudo, é uma boa oportunidade para perceber o funcionamento da Comunicação Social dentro do ambiente político, a exemplo da dinâmica de um jornal especializado e as relações que são criadas entre jornalistas e fontes. Também é essencial na série, principalmente a partir da 3ª temporada, o papel da assessoria de imprensa no processo de gerenciamento de crises.



A série, seguindo a lógica principal da Netflix, a cada temporada lança os episódios de uma vez só. Apesar de ninguém ser obrigado a assistir tudo assim que estreia, a tentação é grande. O jeito então é esperar mais um ano até o lançamento.


Mas sempre dá pra assistir de novo, não é? O que estão esperando?


“Essa é a parte em que vocês vão embora”







 
 
 

Comments


Av. da Universidade, 2762, Centro de Humanidades II, Campus do Benfica. O Câmbio é um projeto independente desenvolvido pelo PETCom. Site desenvolvido por Igor Cavalcante, Gabriela Vieira e Layton Maia, com wix.com. 2014/2015.

bottom of page