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Quando eu crescer

  • Mariah Costa
  • 9 de ago. de 2015
  • 3 min de leitura

No dia 03 de Agosto de 2015, o Centro de Humanidades II da Universidade Federal do Ceará se agitou. Recepção de calouros por todos os lados. Esses, ávidos pela experiência da faculdade e os veteranos, ansiosos (ou nem tanto) para continuarem suas jornadas rumo à tão sonhada para muitos, formatura. O clima de “Boas-vindas” era geral e se estendeu por toda a semana. Por alguns momentos, pudemos parar e ficar observando aquela movimentação e lembramos das nossas próprias histórias, boas, más, isso pouco importava, estórias. Em meio a isso, me surgiu um questionamento: Que tipo de comunicadora quero ser?

Quando entramos na universidade, damos o primeiro passo em direção ao futuro, e completamente empolgados com isso, diversas vezes não nos damos conta da profundidade desse momento. Estamos mostrando às pessoas que fizemos uma escolha. Nós por nós. E assim que o tempo começa a passar, como aconteceu comigo, esse tipo de pergunta se lança sem preocupação nenhuma com as noites que nos tirará. Que profissional você vai ser? Aquele apaixonado pelo trabalho, mesmo chegando cansado todas as noites? Talvez um que odeie cada segundo do cargo que conseguiu? Apenas alguém que gosta do que faz? Um que não ache suficiente nenhuma das aventuras que cada dia em tal trabalho proporciona? Quem acreditar que pensar nisso é simples, por favor, me dê uma luz.

Ao optarmos pelo destino de sermos comunicadores, ou para dar mais ênfase, formadores de opinião, decidimos carregar conosco uma responsabilidade. Em nenhum momento podemos falar de um médico ou engenheiro que carrega vidas em seus ombros quando temos que carregar da mesma forma. As palavras, as opiniões e os posicionamentos são as maiores armas que as mudanças do século XXI deram a nós, povo. E então, em meio a esse pensamento acerca do futuro, atento para mais uma questão: Como é a sociedade que vivemos?

Falando em mudanças, temos que admitir que muito realmente se transformou, porém, sejamos sinceros. O preconceito ainda existe e junto com ele, os rótulos. Enquanto milhares gritam pedindo igualdade, ainda há, muitas vezes dentro desses milhares, aqueles que humilham e desrespeitam gênero, religião, cor, classe social, e muito mais. Porque mesmo que muitos fechem os olhos para isso, diversas pessoas que pregam a liberdade esquecem de pregar o respeito a todas as diferenças, e por todas, eu estou falando literalmente. Como eu costumo dizer: A única generalização certa é que todas as outras são erradas. A fome ainda existe. Em cada esquina encontramos imagens que nos causam aquele aperto no coração ou apenas um virar de rosto. O “não ter onde morar”, “não ter o que comer”, “não ter nada” ainda é constante. A injustiça ainda existe e nem preciso dar muitos exemplos para isso, cada um sabe como ela se faz presente constantemente.

Agora, a melhor e ao mesmo tempo, a pior pergunta: Como o comunicador que você vai ser pode mudar essa sociedade? Muito ainda tem que ser feito e provavelmente, é o momento para pararmos de esperar que pessoas maiores que nós façam algo. Quem define nosso tamanho somos nós mesmos, então, sejamos maiores e comecemos a mudar o que está a nossa volta. Não é exatamente a nossa obrigação como futuros profissionais da comunicação, porque “obrigação” é uma palavra forte demais, entretanto, é o nosso compromisso, como jornalistas, publicitários, estudantes e cidadãos. Então, que profissional você quer ser?


 
 
 

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