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Resenha: Milk - A Voz da Igualdade

  • Wedson Mesquita
  • 11 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

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Em meio a discussões na mídia sobre novelas, comerciais e capas de revistas, o filme "Milk - A Voz da Igualdade”, nos mostra que a luta pela igualdade é uma batalha que já vem sendo travada há algum tempo, sempre movida pela esperança de um mundo onde cada indivíduo possa amar o próximo sem sofrer discriminações.

O drama de 2008 narra a história de Harvey Milk (Sean Penn), o primeiro gay assumido a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos e que foi assassinado em 1978. O diretor Gus Van Sant (Gênio Indomável; Elefante) deixa essa informação bem clara no início do filme. Dessa forma, podemos acompanhar a trajetória do ativista através de seus relatos em uma fita cassete que, segundo ele, chegariam ao público se lhe matassem.

Harvey Milk começa sua jornada pela igualdade em São Francisco, quando abre com seu namorado Scott (James Franco) uma loja de materiais fotográficos, localizada na Rua Castro. No início, os comerciantes locais não são receptivos com os novos vizinhos, mas Milk percebe que seu nicho de clientes movimentava a economia local. Assim, ele cria uma lista de lojas amigas que determinava o sucesso nas vendas dos outros estabelecimentos. A partir daí o protagonista começa a perceber que poderia fazer diferença e como ele diz: “algo para se orgulhar”.

Diante dos constantes ataques da polícia aos homossexuais, Harvey Milk resolve entrar na política e agir como um representante. Ele se candidata a supervisor distrital (parecido com os vereadores) e após algumas derrotas consegue se eleger ao cargo.

“Eu não sou um candidato. Faço parte de um movimento. O movimento é o candidato.”

Seu principal embate na vida política acontece contra a intitulada Proposta Seis, uma lei que permitia que professores homossexuais pudessem ser demitidos por justa causa sob o argumento de “proteger” as crianças. Norma esta proposta por Anita Bryant e John Briggs, políticos que usavam um discurso religioso afim de conservar um modelo de sociedade que consideravam ideal.

A produção mescla o documental (contando com vídeos de reportagens da época) e o drama íntimo do protagonista. Ao interpretar o ativista, o ator Sean Penn se submerge em Milk com uma entrega física e emocional total, o que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator em 2009. Josh Brolin, indicado ao Oscar como Melhor Ator Coadjuvante, interpreta Dan White, um conservador também eleito como supervisor, com quem Milk tem sua relação mais fatídica.

A direção de Gus Van Sant, com seus enquadramentos no rosto do protagonista em meio a planos movimentados, juntamente com o roteiro, vencedor na academia, ajudam a tornar a biografia uma homenagem digna de ópera de heróis clássica.

Trailer oficial legendado:


 
 
 

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